Armazenamento das Amostras nas Condições Adequadas de Temperatura (refrigeração, congelamento)

 Armazenamento das Amostras nas Condições Adequadas
 de Temperatura (refrigeração, congelamento)

O armazenamento das amostras biológicas sob condições adequadas de temperatura, como refrigeração ou congelamento, é uma etapa crucial no ciclo laboratorial. Esse cuidado visa preservar a estabilidade dos componentes analisados, evitar degradações químicas ou biológicas e garantir a confiabilidade dos resultados, mesmo quando há um intervalo entre o recebimento e o processamento das amostras.

Do ponto de vista científico, diferentes tipos de amostras e análitos requerem condições específicas para manutenção de sua integridade. Por exemplo, amostras de sangue para dosagem de glicose devem ser refrigeradas a 2–8 °C para evitar a glicólise, enquanto amostras destinadas à análise de hormônios ou marcadores tumorais frequentemente exigem congelamento a –20 °C ou até –80 °C, dependendo da sensibilidade dos compostos. O não cumprimento dessas condições pode alterar significativamente os resultados e comprometer o diagnóstico.

Narrativamente, imagine um laboratório de análises clínicas em um dia de grande fluxo. Amostras chegam de diferentes unidades de coleta e precisam ser triadas rapidamente. Uma das profissionais nota que tubos destinados à sorologia ainda não foram refrigerados. Prontamente, ela os encaminha ao refrigerador apropriado e registra o horário de armazenamento. Essa atitude demonstra o quanto a atenção aos detalhes pode evitar desvios críticos.

Pedagogicamente, é fundamental reforçar nos treinamentos que o armazenamento não é apenas uma etapa operacional, mas sim uma prática com embasamento técnico e impacto direto na segurança do paciente. A temperatura de conservação deve ser monitorada continuamente, com uso de termômetros calibrados e sistemas de alarme em caso de variações. Além disso, o tempo de permanência das amostras nas condições de refrigeração ou congelamento também deve ser controlado, conforme protocolos padronizados.

Laboratórios que seguem boas práticas e normas como a ISO 15189 são obrigados a documentar essas condições, garantindo rastreabilidade e resposta rápida a eventuais não conformidades.

Em suma, o armazenamento correto das amostras nas temperaturas adequadas é mais do que uma exigência técnica, é uma medida de qualidade, responsabilidade ética e cuidado com a saúde do paciente. O controle térmico eficiente assegura a fidelidade dos resultados e reforça a excelência na rotina laboratorial.


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