Um pouco sobre Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida

 Um pouco sobre o Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas
 da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida


A insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER) é uma condição fascinante e desafiadora que afeta o coração, impedindo-o de bombear sangue com a força necessária para suprir as necessidades do corpo, com a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) igual ou inferior a 40%. No Brasil, ela impacta cerca de 1 a 2% dos adultos, especialmente os mais velhos, sendo uma das principais causas de problemas cardiovasculares. Isso faz da ICFER um tema vibrante para quem deseja explorar a saúde pública e a medicina moderna. Com base no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde (Portaria SAES/SECTICS/MS nº 10, de 26/09/2024).

Pense no coração como uma bomba incansável que, na ICFER, começa a falhar devido a condições como hipertensão, infarto prévio ou cardiomiopatia dilatada. O corpo tenta compensar com mecanismos como a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona e do sistema nervoso simpático, mas essas adaptações podem piorar o problema, remodelando o coração de forma prejudicial. É nesse ponto que a ciência entra em ação: exames laboratoriais, como o peptídeo natriurético tipo B (BNP) ou NT-proBNP, revelam o grau de esforço do coração, enquanto troponinas detectam danos no músculo cardíaco. Junto com o ecocardiograma, que confirma a FEVE reduzida, esses testes formam a base para um diagnóstico preciso, abrindo portas para tratamentos que transformam a trajetória da doença.


Os sintomas da ICFER, como falta de ar, cansaço extremo, inchaço nas pernas e dificuldade para realizar atividades simples, são sinais de alerta que exigem ação rápida. No SUS, o diagnóstico é acessível e bem estruturado, utilizando exames laboratoriais como hemograma, função renal (creatinina, ureia), eletrólitos (sódio, potássio) e perfil lipídico, que identificam fatores de risco, como diabetes ou colesterol alto. O eletrocardiograma também desempenha um papel crucial, rastreando arritmias ou sinais de isquemia, enquanto o ecocardiograma revela o coração em ação, mostrando suas fraquezas com uma clareza impressionante.

O tratamento da ICFER é uma revolução na cardiologia! O PCDT recomenda medicamentos que vão além de aliviar sintomas, ajudando a prolongar a vida. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA, como enalapril) ou antagonistas dos receptores da angiotensina (ARAs, como losartana) reduzem a pressão sobre o coração. Betabloqueadores, como carvedilol, acalmam o ritmo cardíaco, enquanto antagonistas de mineralocorticoides, como a espironolactona, combatem o inchaço. A combinação sacubitril/valsartana é uma grande estrela, reduzindo a mortalidade em 20%, conforme o estudo PARADIGM-HF. Além disso, inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2, como a dapagliflozina, estão mudando o cenário, diminuindo hospitalizações mesmo em pacientes sem diabetes.

Além dos medicamentos, mudanças no estilo de vida, como reduzir o consumo de sal a menos de 2 gramas por dia e praticar exercícios supervisionados, empoderam os pacientes a viverem melhor. No SUS, o acompanhamento é dinâmico, com exames regulares de BNP, função renal e eletrólitos para ajustar o tratamento, garantindo segurança e eficácia. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 786/2023 da Anvisa assegura que os laboratórios mantenham alta qualidade nos resultados, enquanto a atenção primária e os serviços especializados trabalham juntos para oferecer cuidado acessível. A ICFER é um convite à curiosidade: cada exame, cada medicamento e cada protocolo revelam o poder da medicina em transformar vidas.






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